O que são lajes nervuradas?
A norma da ABNT NBR 6118:2003 define as lajes nervuradas da seguinte forma:
“Lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração é constituída por nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte.”
Elas são constituídas por um conjunto de vigas que se cruzam, solidarizadas pela mesa. O grande diferencial visual da laje nervurada para a maciça é a existência do espaço vazio na região entre as nervuras, criadas pelas fôrmas instaladas sobre as escoras.
As vantagens da laje nervurada
Utilizar as lajes maciças promove não só um custo mais elevado como estruturas totais mais pesadas e obras mais demoradas. Isso gera um impacto ainda mais relevante em projetos maiores, como número elevado de pavimentos ou vãos maiores, por exemplo.
Outro benefício do menor uso de concreto está na redução da quantidade de CO2 liberado na atmosfera pelo processo de fabricação do cimento utilizado no concreto.
Esses benefícios garantem obras ágeis, mais baratas e sustentáveis, que exigem menor quantidade de mão de obra. As fôrmas utilizadas em cada pavimento ainda podem ser reutilizadas para a confecção dos próximos, evitando despesas e reduzindo os materiais estocados.
Como a estrutura total será mais leve, as lajes nervuradas também permitem a criação de vãos livres maiores, o que torna um método de execução versátil, que pode ser utilizado em grandes obras de construção pesada, empreendimentos residenciais ou ambientes com demandas específicas, como estacionamentos, galerias de arte, auditórios, teatros e ginásios esportivos.
Sistema de furos horizontais em lajes nervuradas
Como todos sabem, a metodologia BIM tem um dos seus usos voltados a solução de colisões de peças dentre várias disciplinas de projetos. Uma acontecimento comum é furação de lajes durante a obra uma vez que não foram previstas as passagens das tubulações.
No mercado existem soluções capazes de auxiliar o trespasse de tubos, como as formas furadas para lajes nervuradas, facilitando soluções e economizando concreto em obra.
Esta é a proposta das empresa Holedeck (Espanha) e Atex (Brasil), graças aos seus sistemas para laje nervurada. Segundo a fabricante Holedeck, sua tecnologia promete economizar até 55% de concreto em relação a uma laje maciça convencional. O sistema não é necessariamente uma novidade, pois já se passaram mais de 4 anos desde seu lançamento. No entanto ainda é muito pouco conhecido pelos profissionais da indústria da construção civil brasileira.
O sistema funciona de forma muito simples. Basta encaixar os moldes dos furos entre as fôrmas de polipropileno montagem da obra. É importante lembrar de aplicar o desmoldante também nas superfícies do Tubex para garantir facilidade na desforma.
Ainda mais economia
A economia adicional à obra gerada pelo Tubex pode chegar a até 11% da quantidade de concreto utilizada em um sistema de laje nervurada. Comparada a uma laje maciça tradicional, a combinação do Tubex nas nervuras pode chegar a 55% de economia no material.
O sistema também simplifica a instalação das estruturas de habitação do empreendimento – como dutos de ventilação, tubos hidráulicos e passagens elétricas. Tudo isso passando pela nervura da laje!
Estética
Utilizar os furos horizontais do Tubex para a passagem de instalações não só traz mais praticidade à estrutura, mas também tem um dá um aspecto único ao ambiente.
Muitos projetos em lajes nervuradas escolhem instalar o sistema de iluminação e outras estruturas essenciais do edifício de forma rente às nervuras.
Prós e contras do sistema
PRÓS
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CONTRAS
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Instalação de furos horizontais
Com o recuo das instalações para o interior das fôrmas, os pavimentos se beneficiam de um pé direito mais livre e de melhor desempenho acústico. Com esse maior controle da estrutura, pode-se escolher por pé direitos menores ou maiores e, no caso de um menor, o projeto pode se beneficiar de mais pavimentos dessa forma.
Para aqueles que tenham interesse em adotar este sistema em suas obras, aconselhamos que seja feito um estudo de viabilidade financeira. Tendo esse comparativo de custos podemos partir posteriormente para uma avaliação qualitativa, se a praticidade e os demais ganhos que o sistema proporciona justificam o encarecimento da estrutura.